por Ernane Guimarães*
Existe uma situação comum com quase todo mundo que treina, que se repete em quase todas as academias, e que pouca gente fala a respeito. Aqui, não. É dedo na ferida.
Você com certeza deve ter aquele amigo chato que vive perguntando quanto você pega no supino, quanto pega no leg press, quantas repetições faz em tal exercício… todo mundo tem pelo menos um conhecido assim.
Enquanto isso fica no campo da brincadeira, mesmo que não tenha lá muita graça, até tudo bem. Mas quando isso afeta o treino, a coisa fica séria. E não é qualquer bobagem, não. Pode resultar em problemas graves.
Pra ficar claro, vou ilustrar com uma situação que aconteceu na última semana na academia onde treino e que me fez pensar muito nesse assunto – e em escrever esse texto.
Um grupo de 4 amigos, que aparentam ter entre 16 e 17 anos, sempre treina junto, e sempre fica com aquela disputa, com competiçãozinha e aquela zueira comum entre quem tá começando.
Mas um dia desses um dos caras estava treinando pernas sozinho. Coincidentemente, no mesmo dia que eu também fazia esse treino. Comecei a reparar, e o garoto colocava o dobro de carga que eu.
Eu não sou o homem mais forte do mundo, mas treino há bastante tempo e naquele dia eu fazia um treino relativamente leve – mesmo assim, com uma carga absurdamente alta pra um iniciante. E ele colocava o dobro!
O treino foi rolando e quando eu já estava pra terminar, vi o garoto com cerca de 450kg no leg press. Resolvi parar e prestar atenção na execução do movimento. Resultado? O garoto não fazia nem 40% da amplitude correta do movimento.
Aquilo me incomodou tanto, que me senti na obrigação de conversar com ele, de tentar entender pra quê tanta carga. A resposta:
– Hoje só estou tentando bater o meu recorde.
Incrédulo, talvez até meio assustado, tentei argumentar sobre a péssima execução, a amplitude curta, a inutilidade de fazer um exercício daquela forma, os riscos… até o fato de que, numa tentativa de recorde, aquele movimento seria considerado inválido, de tão ruim.
O garoto parou, pensou, e agradeceu e foi embora. Não sei se levou a sério, se a conversa serviu de algo ou se ele vai continuar fazendo igual. Mas eu tentei.
Treinamento muscular não tem a ver exclusivamente com a carga utilizada, e sim com o estímulo dado ao músculo. Faça seus exercícios na amplitude correta, com a intensidade ideal. Converse sempre com um especialista – não ache que você sabe tudo, nunca!
Fazer as coisas do jeito certo, com humildade e dedicação, aumenta seus resultados, ao mesmo tempo que diminui seus riscos – você não quer uma lesão que vai te deixar meses sem treinar, quer?
E se você tem um amigo que prefere ir pra academia treinar o ego ao invés dos músculos, faça uma boa ação: compartilhe este texto com ele
por Ernane Guimarães
*Ernane Guimarães, 22, é fisiculturista e empreendedor digital, apaixonado pelo esporte, mundo digital e a liberdade que isso tudo proporciona.
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