O universo do powerlifting vive uma polêmica recentemente. Mais direcionada aos Estados Unidos.
Isso porque a Federação Americana de Powerlifting proibiu, por conta de uma atleta, outras atletas mulheres trans de competir.
Sob a alegação de questões biológicas que, por terem sido homens antes, teriam mais vantagens sobre as outras.
Independente da opinião de cada um, é uma questão que vale sim a discussão sadia, pois atletas trans merecem ser incluídas em competições.
Em são, porém, em uma categoria destinada para atletas trans.
Entenda o caso:
Proibição de atleta transgênero causa polêmica no powerlifting
O que aconteceu
Bom, tudo começou quando na semana retrasada, a Federação Americana de Powerlifting anunciou que mulheres trans não poderiam competir com mulheres biológicas.
O caso ainda ganhou maior repercussão quando a atleta feminina trans, JayCee Cooper, revelou que a federação havia rejeitado seu pedido de participação.
O acontecimento ainda ganhou mais popularidade quando a representante política de Minnesota, Ilham Omar, declarou apoio à JayCee.
Versão da Federação Americana
O lado acusado se pronunciou sobre a polêmica. A Federação se considerou inclusiva para todos.
Porém, em seguida afirmou que o powerlifting não é adequado para todos os atletas e suas condições.
“Por ser afiliada à Federação Internacional de Powerlifting, adotamos e seguimos as regras definidas pelo Comitê Médico, que incide na proibição de atletas transgêneros em eventos da Federação Americana”, afirma o comunicado.
Em seguida, citou dois argumentos da política da Federação Internacional na participação de atletas trans.
O primeiro argumento
De acordo com a USA Powerlifting, que é a Federação Americana, o uso de testosterona e outros andrógenos, em virtude da natureza anabólica, não são permitidos.
Nem mesmo para uso terapêutico é permitido o uso. Se aplicando para qualquer condição médica.
Lembrando que uso de testosterona se refere ao auxílio na transição de mulheres para homens.
O segundo argumento
Neste caso se refere à participação de competidores que nasceram no sexo masculino, mas vão competir no feminino.
Neste caso, as vantagens biológicas por terem nascido no sexo masculino são significativas, não se limitando apenas à massa corporal e muscular, densidade óssea, estrutura óssea e tecido conjuntivo.
Tais vantagens não são eliminadas pela redução dos androgênios séricos, como a testosterona, que gera uma vantagem potencial em esportes de força, como o powerlifting.
Além disso, a Federação Internacional cita as diretrizes do Comitê Olímpico Internacional sobre a inclusão de atletas transgêneros.
Essas diretrizes se referem ao impacto que a inclusão tem no fair play dos esportes.
“O COI apoia e respeita os direitos daqueles que optam pela transição, mas é relutante na opinião de que o uso de testosterona e participação de atletas trans do sexo masculino para o feminino comprometem o fair play”.
Protestos e apoio de outros atletas
Toda esta situação gerou repercussão e protestos em competições nos Estados Unidos. JayCee Cooper ganhou apoio de outros atletas.
No último final de semana, aconteceu o USAPL Minnesota State Championships, e muitos atletas protestaram contra a atitude da Federação.
Eles expiraram todas as nove tentativas de levantamento de peso (três para agachamento, três para levantamento terra e três para supino).
Eles ficavam em pé na plataforma, diante da barra, mas não se mexiam. Ficavam de braços cruzados.
Conclusão
Este é um assunto muito polêmico, que as pessoas devem discutir sim, mas sem preconceito. Respeitando as vontades de cada um.
Mas também é preciso ver o lado das federações, analisar as regras. Pois realmente, homens possuem uma densidade óssea e massa muscular maiores que as mulheres.
Porém, essa é uma questão que deve ser discutida por diversos especialistas e atletas.
A grande questão é que atletas transgêneros devem, sim, ter seu espaço no esporte também. O esporte deve ser democrático.
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